

















O Teatro da Cidade Em Maio de 1971 o edifício é adquirido pela Câmara Municipal de Lisboa, actual proprietária. Mantem-se primeiro como cinema. Depois como desdobramento da Companhia do Teatro Nacional e, por fim, recebe uma efémera companhia residente, encabeçada por Eunice Muñoz e dirigida por Luiz Francisco Rebello. Aprestando o navio para a chegada do milénio, em 1999 o São Luiz é sujeito a uma intervenção de grandes dimensões. Palco, camarins, cadeiral e zona de público foram integralmente substituídos. Fez-se uma ampla operação de restauro na Sala Principal e o Jardim de Inverno foi reconstruído. O Teatro Estúdio Mário Viegas, inicialmente localizado onde se encontra o restaurante, foi criado para acolher a Companhia Teatral do Chiado, dirigida pelo génio do actor e encenador que lhe deu o nome. As obras de recuperação e beneficiação do ano de 2000 incluíram a manutenção da existência da sala que passou a situar-se num espaço roubado ao antigo subsolo do Teatro, com entrada, agora, pelo Largo do Picadeiro. Até 2013 foi a residência permanente da Companhia Teatral do Chiado. Desde a reabertura, a 30 de Novembro de 2002, o São Luiz Teatro Municipal assumiu como missão a entrega à cidade de um Teatro vivo, com público, enérgico, com centenas de sessões por temporada, por vezes em três apresentações diárias entre a Sala Principal e o Jardim de Inverno. Fazendo jus à história que transporta, ambiciona continuar a ser capaz de encontrar os fios de sentido dos dias que correm, apresentando o melhor do país e do mundo, cruzando a experiência dos consagrados com a novidade que começa a chegar através dos valores do futuro. Na Sala Principal continuam a cruzar-se com frequência os principais nomes da cultura portuguesa com estrelas universais como Pina Bausch, Terry Jones, Artur Pizarro, Maria João Pires, Ursula Rucker, Luís Tinoco, Edson Cordeiro, Wim Mertens, Anne Teresa De Keersmaeker, José Celso Martinez Corrêa ou o Théâtre du Soleil. Continuam a encenar-se autores como Eurípides, William Shakespeare, José Saramago, David Hare, Federico Garcia Lorca e Sophia de Mello Breyner Andresen, interpretados por actores de companhias como Cornucópia, Artistas Unidos, Praga, Meridional e O Bando, entre muitos outros. A música e a dança - com apresentações, concertos e recitais de todos os géneros e feitios; a visita regular de grandes orquestras; e a enchente anual da Festa do Jazz – continuam a ser prioridades que casam na perfeição com a natureza do espaço. Por fim, o futuro. Cada vez mais, ao longo dos últimos anos, o Teatro tem integrado na sua missão uma função educativa virada para os mais novos. O velho São Luiz aprende a importância de passar tempo com os netos e cria agora uma programação para os Mais Novos. Só assim se pode apresentar não como uma antiga sala de espectáculos, mas como uma máquina sempre nova e capaz de produzir futuro e maravilha.