Bialowieza, o espírito do lugar.
Seria um lugar húmido, de um cheiro intenso, adocicado, quase fétido a humos, que em vez de repudiar, se entranhava pelo nariz e nos ligava à Terra numa profunda inspiração contemplativa. Solos fortes, castanhos-escuros, quase pretos debaixo das copas das árvores ou, quando fora destas, de um pleno e absoluto verdejante que nos entrava pelos olhos indo directo à alma. Não havia meio-termo. Destes solos (grados), irrompiam elevadamente as mais esplêndidas árvores alguma vez vistas. A boca escancarava-se perante a envergadura. Era esmagadora a dimensão que nos superava. Havia um respeito imenso. Uma sacralidade arbórea. A experiência era de humildade e de reverência. O que fomos, somos e seremos, não cabia na intemporalidade destes pinhos e carvalhos titânicos. Estávamos perante o Reino Vegetal. (Tiago Castanheira Lourenço, 2020)
"Florestas Prístinas - O Espírito do Lugar convida-vos ao reencontro com a alma da Terra que reside nas florestas espontâneas, primitivas no seu expoente.
Mergulhe no universo sensorial da intemporalidade da vida, na floresta que se auto-regenera.
Concebido pelo fotógrafo Steve Stoer, Florestas Prístinas - O Espírito do Lugar quer sensibilizar o espectador através da experiência visual e escrita. São viagens que procuram fixar o sopro vital destes lugares virgens, essenciais à sobrevivência do planeta."
Descubra a morada do próprio tempo: descubra a floresta primordial.

















