Rodeei-me de mar e enterrei-me no meio do pasto. Meti os pés em poças e lama, mergulhei num poço de mar cheio de peixes e rochas e senti medo de ser levada pelo vento no meio de uma tempestade nas montanhas. O céu todos os dias pintado em tons de azul e cinzento, tudo sem medidas. À noite a paisagem lunar e a luz de uma lua quase cheia reflectida nos liquens colados ao basalto. A montanha sempre ao fundo com toda a sua imponência.
 Nunca uma paisagem me pediu tanto respeito, esta ilha impõe esse respeito.
 Há qualquer coisa de muito forte e mágico num lugar que faz pensar e sentir o medo e eleva o espírito para que este não sucumba à sua primitividade.
(Sara Almeida 2021)
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